quinta-feira, 2 de abril de 2015

Tartar&Co

Era um domingo qualquer e queríamos algo diferente. Buscamos alguns restaurantes e acabamos nos deparando com o Tartar & Co. do chef Erick Jacquin (que ficou famoso para o grande público pelo MasterChef). Logo na entrada demos de cara um ambiente descolado e com um sorridente chef. Esperamos menos de 5 minutos e uma mesa já estava pronta. Todo o serviço foi muito rápido e cordial. O cardápio não muito extenso e que tem no tartar (óbvio) o seu carro chefe. Talvez você não saiba o que é o steak tartare. Trata-se de uma porção de carne crua e muito bem temperada com muitas especiarias. É isso. Mas o restaurante é um especialista no prato e tem diversas variáveis, com diversos tipos de carnes e inclusive alguns não crus para quem não gosta de arriscar (me chamou atenção o pastel de tartar, mas não provei).

A decoração é bem moderninha, cheia de quadrinhos, colagens e afins sobre a cultura francesa. Um belo bar na entrada serve bons drinks e uma carta de vinhos interessante. Mas a comida é realmente excelente. Fui no tradicional – filet mignon – acompanhado com batata rustica e salada. Tudo bem temperado, mas na medida. O Tartar & Co. apesar do chefe famoso, da comida francesa e do requinte tem um bom preço e vale a ida para provar. Dá vontade de voltar e provar outros mais.


O Tartar&Co. fica na Av. Pedroso de Morais, 1003 – Pinheiros.


Site: http://www.tartarandco.com/

Notas:
Ambiente: 9
Atendimento:9
Comida: 9,5

quarta-feira, 11 de março de 2015

Magnum da Dolce & Gabbana

Convenhamos que os sorvetes Magnum da Kibon não são baratos. Assim que vemos uma nova embalagem, já pensamos em um novo sabor delicioso (e claro, com o mesmo preço). Mas não é que eles conseguiram gourmetizar também o Magnum. Esse raio também caiu nele e com a marca Dolce & Gabbana em sua caixinha. Sim, caixinha. Essa é uma edição limitada dos 25 anos da existência do sorvete. Ele sai pela bagatela de 12 reais. Sim!!!! 12 reais. Absurdo? Pela atual conjuntura da economia, sem dúvida. Vale a pena? Não tenha dúvidas (claro, se você gostar de pistache).

Eu sou suspeito, pois adoro sorvete de pistache. Sei que nem sempre são bons, mas esse é realmente muito bom. Pedaços da castanha estão entremeados num creme delicioso envolto de uma casquinha crocante de chocolate branco. Vale a pena comprar um para provar, mas vai ser difícil não querer repetir.

Preço: 12 reais - em padarias.

Comeram? Gostaram? Comentem aí.

terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Cadillac Burger

Se você gosta de hambúrguer, a Mooca abriga uma das casas com o melhor burger da cidade de São Paulo. Se você gosta de veículos antigos e motos, a Mooca abriga um dos locais mais estilosos desse naipe chicano. Se você gosta de boas cervejas e bons milk shakes, a Mooca abriga uma carta de cervejas pequena mas top e ótimos shakes. Se você gosta de tudo isso junto, aliado a um serviço excelente, cativante e descontraído você precisa conhecer o Cadillac Burger.

Já por fora somos cativados pelo belo logo e garagem anexa, com um belíssimo grafitti e alguns carros antigos expostos. Entrando na casa, de cara somos envolvidos com a decoração de estilo chicano, tattoos dos garçons e funcionários. Podemos até achar que estamos numa mistura Amercan Chopper , Miami Ink e um tex-mex. Placas que remetem à mistura da cultura americana e mexicana, as toalhas quadriculadas, latas de cervejas penduradas e vemos a grande chapa ao fundo, aberta para todos verem de onde vem o carro chefe da casa. Parece tudo muito, mas é um ambiente acolhedor, principalmente pela atenção dos garçons. Mas se estamos num restaurante, vamos à comida. Mas vamos pedir bebidas antes? Além de refri, agua ou algo do tipo, vá de milk-shake de coco. Fabuloso. Se quer cerveja, vá! Escolha Rogue, Brooklin ou Brewdog. De appetizer vá de home made fries (com delicioso chilli, sour cream e cheddar acompanhando as fritas rusticas). Uma delicia. Dos burgers, destaque para o Veggie Burger e pro The Cadillac Burger. Mas, dependendo do sabor desses dois, podem escolher qual encaixa melhor no seu paladar ou mesmo pelos hot-dogs. 

É uma lanchonete deliciosa no meio da Mooca, feito por gente que ama carros, burgers e a cultura chicana. Vale a pena atravessar a cidade ou mesmo quem mora na região e não conhece, ir o quanto antes. É uma pequena pérola da cidade. 

Endereço: Rua Juventus, 296 – Mooca

Funcionamento: Terça a Quinta 12 às 15 hs / 19 às 23hs. Sexta 12 às 15 hs / 19 às 23:30hs. Sábado 12 às 16 hs / 19 às 23:30hs


Notas:
Ambiente: 9,5
Atendimento: 10
Comida: 9,5

domingo, 11 de janeiro de 2015

Escondidinho de Banana da Terra



Estava com um cacho de banana da terra já fazendo aniversário na minha casa. E o que raios fazer com elas? Farofa... já fiz. Flambada... já fiz. A banana da terra não é das mais saborosas e não dá para comer como banana comum. 

Então fuçando na internet tive a ideia de procurar e achei uma de Escondidinho. Escondidinho? Sim, claro! Gosto das misturas agridoces e acreditei que pela sua textura e pelo seu dulçor controlado seria uma boa opção. E é!

E é super simples. Fiz com carne moída, mas nada que não possa ser feito com carne seca, bacalhau ou qualquer outra carne de preferência. 

 Receita:

  • 6 bananas da terra
  • 250 g de queijo mussarela ralado
  • 1/2 xícara de leite
  • 100 g de manteiga
  • 250 g de carne moída
  • 1 tomate
  • 1 cebola
  • Alho
  • Óleo
  • Tempero a gosto

Modus operandis: 

1) Deixe as bananas uns 20 minutos no forno (ou se estiver com pressa, um pouco no micro-ondas) a fim de amolecer as bananas. Amasse e adicione o leite e a mantega a fim de virar um purê. Tempere a gosto.
 
2) A parte, em uma panela esquente o óleo, frite a cebola e alho. Refogue o tomate e a carne moída. Tempere a gosto. 

3) Então transforme purê e carne em escondidinho. Uma camada de purê, uma camada de refogado e outra de purê por cima. Coloque queijo no meio e por cima e leve ao forno por 30 minutos em forno médio. Voilà

É uma delicia e dá utilidade praquela banana que não é tão querida, mas vai se tornar. Façam e me digam o que acharam.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Vá de UBER!


Que tal um aproveitar um tratamento vip ao invés de utilizar um táxi, seu carro, metrô, ônibus, etc?

A UBER, empresa americana com escritório em San Francisco, desenvolveu um aplicativo que proporciona todas as facilidades para seu deslocamento ser o mais prazeroso possível! A ideia é tão genial que já a empresa já expandiu seus serviços para mais de 200 cidades no mundo. Muitos outros aplicativos já estão sendo integrados ao Uber, pois é o futuro do transporte.

O aplicativo é bem simples e super intuitivo. Basta instalá-lo em seu smartphone e criar uma conta, sendo necessário para tanto que insira um cartão de crédito válido. Criado o usuário, será debitado do seu cartão um valor irrisório para verificar a autenticidade dele, mas depois será estornado, portanto, não se preocupe!

É hora de usar o seu aplicativo. Na tela principal, você será localizado em um mapa e, ao seu redor, será possível ver os carros da Uber transitando. Se você informar que deseja um carro, o aplicativo informará qual será o veículo, sendo possível ver até a foto do motorista. Nesse momento, você com certeza receberá uma ligação do motorista, informando o tempo necessário para chegar ao seu local. Mas tudo isso você pode verificar na tela do seu celular, pois você acompanhará o seu carro transitando até a sua localidade.

Pronto, o motorista chegou. Todos os carros são sedans, como Civic, Corolla, etc, equipados com insulfilm, a fim de garantir sua segurança. O motorista estará vestido de social e com certeza o receberá com um sorriso e simpatia. Logo em seguida, perguntará se a temperatura do ar-condicionado está boa, se deseja que ligue o rádio e, o mais incrível, oferecerá água (grátis!) e balas.

Inciado o trajeto, você acompanhará por seu celular o caminho a ser percorrido. Caso o trajeto seja alterado, ele informará e o aplicativo corrigirá a rota. Chegando ao local, basta dizer obrigado e descer do veículo. Mas não devo pagar? Sim, você vai pagar, mas já será debitado do seu cartão de crédito a corrida.

Para completar, uma pesquisa de satisfação será enviada ao seu celular para informar como foi a utilização do serviço. É importante sua sinceridade, pois a Uber é rigorosa na qualidade dos seus serviços, permitindo apenas que permaneçam os motoristas com nota igual ou maior que 7. 

A preocupação com a satisfação do cliente é o que impressiona. Já vi um caso que o passageiro não foi bem atendido e avaliou o serviço de acordo. Nesse caso, a Uber entrou em contato, perguntando o que ocorreu e, posteriormente, como pedido de desculpas, devolveram o valor pago. Outra vez, eu tentei acionar o serviço e não havia carro disponível. Como pedido de desculpas, me deram um crédito de R$ 20 para a próxima corrida.

O preço? É aproximadamente uns 30% mais caro (não sei exatamente o valor da corrida), mas o tratamento, a segurança e o conforto fazem valer a pena!

Mais uma dica: quando instalar o aplicativo, será gerado um crédito para sua primeira corrida (o meu gerou). Depois, quando recomendar aos seus amigos, indique seu código promocional, pois com ele você e ele ganham um bônus de aproximadamente R$ 20 reais cada um para utilizar na próxima corrida.

Quando utilizar o serviço, deixe um comentário aqui, para sabermos se realmente valeu a pena!

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Frida y Diego



A vida de Frida Kahlo já foi esmiuçada como os ossos de seu corpo depois daquele acidente de bonde. Seus amores já foram pintados com os detalhes dos murais de seu eterno amor, Diego Rivera. Seu sofrimento já foi exposto como ela se expos nas suas telas cheias de imagens chocantes e ternas. Diego, brilhante artista e muralista, sempre ficou à sua sombra, mas tem um porquê. Frida sobrepõe à barreira artística pra estar eternamente no inconsciente humano como exemplo de superação. Sua obra é sua vida e Diego sabia que ela era uma artista pura, com o dom. Frida e Diego é o casal mais icônico da história das artes plásticas e a peça “Frida y Diego” conta muito sobre isso. Conta muito sobre quem foram Diego + Frida. Impossível desassociá-los. São como um só.

A peça começa em 1940, no ano em que eles reatam o casamento, após um ano de separação. Somos informados do ano e local por meio de projeções em telas suspensas no palco. A partir daí, em forma de flashback, somos conduzidos pela vida a dois, no íntimo, na amargura, no tesão, nas traições, no amor, no companheirismo. Temos Diego no auge, Frida em crise com suas obras, a inclinação e dúvidas ideológicas, a antítese dos dois comunistas nos EUA, as traições, as brigas, a tequila. O humor e o drama permeiam todo o espetáculo, como uma montanha russa. Destaque para a cena de um dos abortos que Frida sofre, onde duas mortes brincam com ela e o feto. Uma cena dura e forte, mas bela e poética. Outro grande destaque vai para o duo de músicos que fazem intervenções pontuais, interessantes que dão dramaticidade e mexicanidade à toda peça.


Quem gosta de Frida deve ver. Quem não gosta, também. A peça é muito boa, tem bom jogo de projeções, a maquiagem é excelente, e porque não, a vida dos dois é inspiradora e interessante. Há momentos em que pode se torna cansativa pela repetição de cenas falando sobre os mesmos assuntos, como traição. Mas vejam por Leona Cavalli e José Rubens Chachá. Ambos captaram a essência dos personagens. Leona está lindamente feia e Chachá está estupendo como o Panzón. Alguns podem pensar que Leona está overacting, mas a vida de Frida é uma hipérbole dramática e intensa. Eles tem uma conexão digna de Frida e Diego. 

Teatro Raul Cortez – Rua Doutor Plínio Barreto, 285.
Em cartaz: Sexta, às 21h30; sábado, às 21h; domingo, às 19h, até 14/12/2014.
Ingressos: R$ 60,00 (às sextas-feiras), R$ 80,00 (aos sábados) e R$ 70,00 (aos domingos).
Classificação indicativa: 12 anos.

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

The Killing




São incontáveis os números de séries policiais que existem ou existiram. Como convencê-lo de que vale a pena ver as 4 temporadas de “The Killing”? Primeiro: é necessário gostar de investigação de homicídios. Se gosta, é impossível não gostar da série. Totalmente ambientada em Seattle, já tem nisso uma característica. Está longe dos centros cosmopolitas da América. Sua escolha deve ter se dado por conta de seu clima, para que a ambientação ficasse próxima da série que originou, a dinamarquesa Forbrydelsen (que dizem ser muito boa). Durante toda a série é possível sentir o frio apenas vendo o gélido inverno na tela. O Zeezo me recomendou e nem precisou falar muito sobre ela, mas eu quero tentar convencê-lo com mais informações.

É importante salientar que a série foi ressuscitada duas vezes. A emissora de tv AMC descontinuou a série com o fim da segunda temporada. Foi retomada por parceria com a Netflix para uma terceira temporada. Com o fim da terceira temporada aparentemente seria o fim da série ambientada em Seattle. Mas a Netflix quis dar seu último respiro com a quarta temporada, curta (6 capítulos) e cada vez mais sombria. 

O grande trunfo é a bizarra conexão entre o Sarah Linden e Stephen Holder, os detetives da Divisão de Homicídios da Polícia de Seattle. Sarah é a estrela da polícia e tem que aceitar o inexperiente Holden de outra divisão, com problemas de uso de drogas. A seriedade e obsessão de um aliado à agilidade e carisma do outro dão o tom de todas as investigações. São casos sempre com muitos elementos, reviravoltas, idas e vindas, conexões inesperadas. O ser humano é posto em cheque o tempo todo.

A primeira e segunda temporada transcorrem em torno do assassinato da jovem Rosie Larsen, concomitantemente aos últimos dias de uma eleição para prefeitura. A primeira temporada é sensacional, porém a segunda parece perder a sua força. São temporadas duras, mas a longevidade do caso, com muitas informações desconectadas fizeram perder um pouco o ritmo, mas é interessante ir além dos assassinatos, envolvendo também a política no caso. A terceira temporada é uma grande retomada, fica ainda mais sombria com as investigações por um assassino em série que tira o sono da dupla e com a volta de um fantasma do passado na vida de Linden. O 10º capítulo talvez seja o mais emocionante da série, numa grande atuação de Peter Sarsgaard. A quarta e derradeira temporada se conecta ao fim da terceira, porém com um novo caso na Academia Militar. Um final apoteótico.

É perceptível que a migração da TV a cabo para o Netflix na terceira temporada fez a série ganhar em linguagem, com mais violência e sofrimento. Há ótimos momentos, momentos mornos (principalmente na segunda temporada), mas não perde o ritmo, pois melhora muito. Atuações ótimas, o roteiro bem escrito, maquiagem bem feita e uma ambientação fantástica. Eu não sou fã de séries, mas vale a pena se fixar algumas noites seguidas para acompanhar a dupla Holder e Linden. Joel Kinnaman e Mireille Enos dão show! Eles deixarão saudades.

Nota: 8