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quarta-feira, 26 de novembro de 2014

The Killing




São incontáveis os números de séries policiais que existem ou existiram. Como convencê-lo de que vale a pena ver as 4 temporadas de “The Killing”? Primeiro: é necessário gostar de investigação de homicídios. Se gosta, é impossível não gostar da série. Totalmente ambientada em Seattle, já tem nisso uma característica. Está longe dos centros cosmopolitas da América. Sua escolha deve ter se dado por conta de seu clima, para que a ambientação ficasse próxima da série que originou, a dinamarquesa Forbrydelsen (que dizem ser muito boa). Durante toda a série é possível sentir o frio apenas vendo o gélido inverno na tela. O Zeezo me recomendou e nem precisou falar muito sobre ela, mas eu quero tentar convencê-lo com mais informações.

É importante salientar que a série foi ressuscitada duas vezes. A emissora de tv AMC descontinuou a série com o fim da segunda temporada. Foi retomada por parceria com a Netflix para uma terceira temporada. Com o fim da terceira temporada aparentemente seria o fim da série ambientada em Seattle. Mas a Netflix quis dar seu último respiro com a quarta temporada, curta (6 capítulos) e cada vez mais sombria. 

O grande trunfo é a bizarra conexão entre o Sarah Linden e Stephen Holder, os detetives da Divisão de Homicídios da Polícia de Seattle. Sarah é a estrela da polícia e tem que aceitar o inexperiente Holden de outra divisão, com problemas de uso de drogas. A seriedade e obsessão de um aliado à agilidade e carisma do outro dão o tom de todas as investigações. São casos sempre com muitos elementos, reviravoltas, idas e vindas, conexões inesperadas. O ser humano é posto em cheque o tempo todo.

A primeira e segunda temporada transcorrem em torno do assassinato da jovem Rosie Larsen, concomitantemente aos últimos dias de uma eleição para prefeitura. A primeira temporada é sensacional, porém a segunda parece perder a sua força. São temporadas duras, mas a longevidade do caso, com muitas informações desconectadas fizeram perder um pouco o ritmo, mas é interessante ir além dos assassinatos, envolvendo também a política no caso. A terceira temporada é uma grande retomada, fica ainda mais sombria com as investigações por um assassino em série que tira o sono da dupla e com a volta de um fantasma do passado na vida de Linden. O 10º capítulo talvez seja o mais emocionante da série, numa grande atuação de Peter Sarsgaard. A quarta e derradeira temporada se conecta ao fim da terceira, porém com um novo caso na Academia Militar. Um final apoteótico.

É perceptível que a migração da TV a cabo para o Netflix na terceira temporada fez a série ganhar em linguagem, com mais violência e sofrimento. Há ótimos momentos, momentos mornos (principalmente na segunda temporada), mas não perde o ritmo, pois melhora muito. Atuações ótimas, o roteiro bem escrito, maquiagem bem feita e uma ambientação fantástica. Eu não sou fã de séries, mas vale a pena se fixar algumas noites seguidas para acompanhar a dupla Holder e Linden. Joel Kinnaman e Mireille Enos dão show! Eles deixarão saudades.

Nota: 8

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Afinal, o Que Querem as Mulheres?


A qualidade das minisséries nacionais está cada vez melhor. Algumas históricas e outras biográficas. Aqui, temos uma pergunta clássica, porém nunca decifrada de Freud: "Afinal, o Que Querem as Mulheres?". Bom, se ele não eluscidou, sabemos que nunca teremos uma resposta, mas o diretor Luiz Fernando Carvalho, o melhor realizador da televisão nacional, ultrapassa o limite do genial e faz dessa minissérie de 6 capítulos, a melhor produção da televisão de 2010.

Temos o psicanalista André Newmann que inspirado pela fatídica pergunta faz sua tese do doutorado tentando decifrar o que nem Freud, que aparece nos sonhos de André, conseguiu. Durante as pesquisas e estudos, o seu relacionamento com Lívia rui, de forma cansativa e desestruturante. Porém esse obstáculo só o faz ter mais ímpeto pelos estudos e realmente entender o que elas e, principalmente, sua verdadeira paixão quer, afinal. Veja como eles se conheceram e perceba a qualidade técnica, do roteiro e dos detalhes:




Isso é apenas o começo de uma sucessão de amores e dessabores sobre o que sua tese de mestrado causará. Um best-seller, um seriado, outras mulheres, uma sombra chamada Lívia. Um seriado que ficará marcado na mente por sua beleza estética e fotografia impecável, cuidado com produção, figurinos e cenografia. O elenco é de tirar o chapéu com destaque para o excelente Michel Melamed como protagonista e para Paola Oliveira. Outras estrelas fazem parte do seriado: Rodrigo Santoro, Vera Fischer, Letícia Sabatella, Maria Fernanda Cândido, Tarcísio Meira, Dan Stulbach e a memorável estréia de Tatiana Dovichenko, na pele da russinha. A música tema foi criada e é interpretada por Melamed. Ouça "Nome à pessoa" que faz uma ligação entre nomes de mulheres e atitudes de forma sensacional:


"Afinal, o que querem as Mulheres?" deve sair para locação e venda num futuro próximo, porém é possível encontrar no Youtube a série completa. Óbvio que vale a pena dar uma olhada ou esperar sair para ter essa obra em casa. O envolvente roteiro de João Paulo Cuenca, com a coautoria de Cecília Giannetti e Michel Melamed tem momentos de brilhantismo nunca antes realizados. A escolha da trilha sonora com musicas antigas, costuram as tramas de forma suave. Luiz Fernando Carvalho já havia provado que sabia adaptar de forma sensacional e definitiva textos memoráveis de grandes escritores, como nas produções do Projeto Quadrante ("Capitu" e "A Pedra do Reino"), "Os Maias" e, no cinema, "Lavoura Arcaica". Aqui, com um texto atual, moderno e dinâmico, mostrou saber exatamente como a televisão brasileira pode mostrar cultura e diversão juntos.

Infelizmente, o público parece ainda não está preparado para isso, visto o baixo índice de audiência que alcançou, mas parabenizo à Rede Globo por acreditar e incentivar que grandes produções de caráter artístico (no âmago do que é arte) sejam feitas e reveladas ao grande público. A resposta sobre o que querem as mulheres, obviamente, fica sem resposta, mas a verdadeira resposta é a explosão sensorial que "Afinal, O Que Querem as Mulheres?" proporciona.

Para quem quiser embrenhar-se mais, o site oficial da minissérie é sensacional, com muita interatividade, vídeos, músicas, fotos, textos e muitas coisas.

quarta-feira, 31 de março de 2010

A Sete Palmos



De todas as séries que já assisti (e olha que são dezenas!), essa é a que mais gostei, até hoje. Tem um roteiro afiadíssimo, com frases e cenas super bem sacadas, e atores inspirados. Enfia o dedo na ferida da sociedade americana (e, porque não, um pouquinho na nossa também?) de maneira sarcástica através de situações ímpares que rodeiam seus personagens.

Foram 5 temporadas (todas à venda no Brasil) exibidas nos EUA de 2001 a 2005, tudo muito bem amarradinho, com começo, meio e fim. Não é daqueles seriados que te deixam na mão com um final sem pé nem cabeça.

Todo o seriado rola em torno de uma funerária familiar a partir da morte do patrono - e quem chega para ajudar a família a tocar o negócio é o irmão mais velho, que morava do outro lado do país. Imagina a família: a viúva, que era amante do cabelereiro e que depois o troca por um florista russo; a filha radical, que namora um marginal; o filho mais velho, que apesar de aparentar mais equilibrio, se envolve com uma mulher cheia de manias que tem um irmão paranóico; o filho mais novo, homossexual e que namora um policial negro. Juntamente com outros personagens paralelos não menos interessantes e em situações politicamente incorretas, criam o ambiente interessantíssimo, divertido e envolvente da série.

Cada episódio se inicia com uma morte, cuja vítima se torna "cliente" da funerária. Paralelamente à história do morto com a funerária está a história dos personagens fixos do seriado. Para refletir e se divertir. Sensacional.



Nota: 9,5

segunda-feira, 15 de março de 2010

Fringe


No mês passado terminei de ver a primeira temporada do seriado Fringe, e devo admitir que gostei muito! É feito para os órfãos do Arquivo X, mas ao contrário do mistério, apresenta explicações científicas para eventos que, a princípio, parecem impossíveis.

Claro, é um seriado meio nerd, mas hoje em dia todo mundo é meio nerd, principalmente se você acessa a internet e está lendo este post (basta saber que quem criou o seriado foi o masternerd J.J. Abrams, criador de Lost). Só que prende a atenção pelas boas histórias e enredo bem amarrado com personagens complexos e cativantes, como o Dr. Walter Bishop, uma espécie de Einstein dos dias de hoje, resgatado de um sanatório e com teorias mirabolantes e experiências duvidosas envolvendo alucinóginos e viagens para outras dimensões.

A grande surpresa nerd fica para o último episódio, mas não vou contar. Assista, que vale a pena.

Atualmente está em sua segunda temporada nos EUA (terminando em maio/2010) e já assinou com a Fox a terceira temporada prá 2011.
Abaixo, um pequeno teaser (legendado) com o os primeiros 5 minutos do episódio piloto:




Nota: 7,5